Ana Maria Pacheco Lopes de Almeida
Como você aí se sente ao ter seu destino atrelado ao que disseram, dizem e dirão dois trambiqueiros? Pois é a isso mesmo que Lula e o PT condenaram 180 milhões de brasileiros. Nosso presente, nosso futuro próximo, nosso destino estão à mercê das entrevistas, "confissões" e depoimentos de Marcos Valério e Delúbio Soares.
A conclusão do mandato de Lula depende do que esses dois sabem, fizeram e estão dispostos a contar. Ou a omitir. Ou a mentir. Jefferson balançou o coreto. Valério e Delúbio decidem se vão derrubá-lo ou sustentá-lo, mambembe, até o final.
Como farsa
Tudo que era sólido e estável se esfuma, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar com serenidade suas condições de existência e suas relações recíprocas.
(MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista - 1848)
Da Veja
Reconhecer que se enfiou o país em um atoleiro é apenas o primeiro passo para tirá-lo dali. O segundo é entender como se pôde chegar até o ponto em que estamos.
Lembrete
Aproveitar a folga de fim-de-semana e decorar inteirinho À espera dos bárbaros, poema de Konstantinos Kaváfis, o velho poeta grego de Alexandria.
A conclusão do mandato de Lula depende do que esses dois sabem, fizeram e estão dispostos a contar. Ou a omitir. Ou a mentir. Jefferson balançou o coreto. Valério e Delúbio decidem se vão derrubá-lo ou sustentá-lo, mambembe, até o final.
Como farsa
Tudo que era sólido e estável se esfuma, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar com serenidade suas condições de existência e suas relações recíprocas.
(MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista - 1848)
Da Veja
Reconhecer que se enfiou o país em um atoleiro é apenas o primeiro passo para tirá-lo dali. O segundo é entender como se pôde chegar até o ponto em que estamos.
Lembrete
Aproveitar a folga de fim-de-semana e decorar inteirinho À espera dos bárbaros, poema de Konstantinos Kaváfis, o velho poeta grego de Alexandria.
À espera dos bárbaros
Konstantinos Kaváfis
O que esperamos na ágora reunidos?
É que os bárbaros chegam hoje.
Por que tanta apatia no senado?
Os senadores não legislam mais?
É que os bárbaros chegam hoje.
Que leis hão de fazer os senadores?
Os bárbaros que chegam as farão.
Por que o imperador se ergueu tão cedo
e de coroa solene se assentou
em seu trono, à porta magna da cidade?
É que os bárbaros chegam hoje.
O nosso imperador conta saudar
o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe
um pergaminho no qual estão escritos
muitos nomes e títulos.
Por que hoje os dois cônsules e os pretores
usam togas de púrpura, bordadas,
e pulseiras com grandes ametistas
e anéis com tais brilhantes e esmeraldas?
Por que hoje empunham bastões tão preciosos
de ouro e prata finamente cravejados?
É que os bárbaros chegam hoje,
tais coisas os deslumbram.
Por que não vêm os dignos oradores
derramar o seu verbo como sempre?
É que os bárbaros chegam hoje
e aborrecem arengas, eloqüências.
Por que subitamente esta inquietude?
(Que seriedade nas fisionomias!)
Por que tão rápido as ruas se esvaziam
e todos voltam para casa preocupados?
Porque é já noite, os bárbaros não vêm
e gente recém-chegada das fronteiras
diz que não há mais bárbaros.
Sem bárbaros o que será de nós?
Ah! eles eram uma solução.
[Antes de 1911]
No comments:
Post a Comment