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Wednesday, July 27, 2005

FIZERAM IGUAL HA MUITO POUCO TEMPO



Arquivo essa mensagem -pois se repete periodicamente e é usada à exaustão pelos ignorantes e pelos de má fé. SACO!!!

A podridão vem de muito tempo...
Mas, agora interessa apurar...

REPASSANDO...



Um estudioso de São Paulo, Altamiro Borges, recuperou brevemente a nossa
memória política da década recente e a colocou na rede. O sociólogo
Rogério Chaves enxugou o texto, que envio a vocês na esperança de que
possa contribuir para o debate - e para que não esqueçamos dos anos
tucanos (ainda tão recentes e precocemente esquecidos) e também de que a
campanha presidencial já começou...



        * Sivam: Logo no início da gestão de FHC, denúncias de corrupção
e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do
Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois
assessores presidenciais. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa
pressão, foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num
relatório com informações requentadas ao Ministério Público.

        * Pasta Rosa: Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise
dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do
Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC
beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política
para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses,
justificou o "socorro" aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o
conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados
pelo Econômico.

        * Precatórios: Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no
pagamento de títulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os
beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a
quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de
quase R$ 3 bilhões.
A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram
a criação da CPI para investigar o caso.

* Compra de votos: Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte
suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição
de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre,
teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do governo.
Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido de
uma CPI foi bombardeado pelos governistas.

        * Desvalorização do real: Num nítido estelionato eleitoral, o
governo promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Para
piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam - ambos
com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma
CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por
pressão da bancada governista.

        * Privataria: Durante a privatização do sistema Telebrás,
grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de
Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do
banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco
do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha
como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado
de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação
da CPI.

* CPI da Corrupção: Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda
bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a
sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera
federal, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, da
privatização do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro
Eduardo Jorge. A imundice no ninho tucano novamente ficou impune.

        * Eduardo Jorge: Secretário-geral do presidente, Eduardo Jorge
foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de
verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois
para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática
com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de
recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações. Nada foi
apurado e hoje o sinistro aparece na mídia para criticar a "falta de
ética" do governo Lula.  E apesar disto, FHC impediu qualquer apuração e
sabotou todas as CPIs.

        Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República,
Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de "engavetador-geral". Dos
626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e
outros 217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33
senadores, 11 ministros e ex-ministros e em quatro o próprio FHC. Nada
foi apurado, a mídia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos. Lula
inclusive revelou há pouco que evitou reabrir tais investigações - deve
estar arrependido dessa bondade!

        Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca
distintiva do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das
denúncias de corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua Polícia
Federal surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse
curto período foram presas 1.234 pessoas, sendo 819 políticos,
empresários, juízes, policiais e servidores acusados de vários esquemas
de fraude - desde o superfaturamento na compra de derivados de sangue
até a adulteração de leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio
do dinheiro público foram atacadas em 45 operações especiais da PF.

        Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro
Waldir Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil
auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de
apuração ao Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a
Controladoria só passou a funcionar de fato no atual governo, que
inclusive já efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação.
"A ação do governo do presidente Lula na luta decidida contra a
corrupção marca uma nova fase na história da administração pública no
país, porque ela é uma luta aberta contra a impunidade", garante Waldir
Pires.

        Diante de fatos irrefutáveis, fica patente que a atual investida
do PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a recente eleição
de Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos
nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa
imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima
para a sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto
a privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei
1.491/99, interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio
estatal dos serviços postais.

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