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Thursday, April 13, 2006

Sobre percepções de corrupção

Sobre percepções de corrupção

Eduardo Graeff (13/04/06 08:07)

Permitida a reprodução citando a fonte
http://www.e-agora.org.br

A Folha publica hoje na seção de cartas esta mensagem minha:
"Clóvis Rossi poderia ser mais rigoroso ao afirmar, em sua coluna de
terça, que 'em 1998, a percepção de corrupção no governo FHC era bem
similar [à do governo Lula hoje]'. Admito que algo assim possa
aparecer em levantamentos com perguntas do tipo 'existe corrupção no
governo?' O próprio Rossi já se penitenciou, em alguma medida, pela
contribuição que possa ter dado para esse equívoco, quando engrossou
por um tempo, com grande parte da imprensa, a campanha difamatória
contra Eduardo Jorge, por exemplo. O que os detratores, hoje com todos
os instrumentos do governo, foram capazes de provar contra FHC? Que
denúncias ao menos formalizaram? Eu agradeceria se Rossi consentisse
em responder a uma pesquisa qualitativa: a percepção pessoal dele de
corrupção nos dois governos também é similar?"

Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência da República no
governo Fernando Henrique Cardoso (São Paulo, SP)
Dá para entender, mas não para justificar, que Lula e o PT queiram dar
a questão ética por superada puxando a tudo e a todos para o brejo em
que atolaram. Por isso mesmo, a imprensa, sobretudo jornalistas
qualificados como Clóvis Rossi, deveria ser mais rigorosa do que nunca
nesta hora para mostrar as diferenças e não engrossar o nevoeiro do
cinismo geral. Mas é mais difícil e arriscado ser independente para
julgar do que para não julgar...
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Comentários

Hoja ele (clóvis Rossi) escreveu:

"Caíram definitivamente todas as máscaras. Resta ao PT trocar o 13,
seu número original, pelo 288, o artigo do Código Penal que tipifica
"formação de quadrilha"."

Ele mesmo deu sua contribuição na construção do monstro. Só se
assustou com a criatura porque, como jornalista, pode ser engolido.

Enviado por josé em 13/04/06 10:06

Sr. Graeff, se para cada artigo do Rossi fosse escrita uma carta ou
e-mail, cobrando-lhe coerência e correção, faltaria espaço ou memória
para se manter tudo arquivado.
Discordo quanto a classificá-lo como qualificado.
Seu estilo "uma no cravo e outra na ferradura" visa apenas disfarçar
sua tendenciosidade petista.
Já faz mais de um ano que ele vem, lenta e gradualmente, pulando fora
do barco petista, que prestimosamente ajudou a eleger.
Mas o faz sempre da mesma forma, reclama (desiludido) do PT , mas
sempre lança alguma ressalva contra FHC, com o que contribui para a
"tese" lulista do "somos todos iguais"

Enviado por Flávio em 13/04/06 10:11

Sr. Graeff, esse Rosso pode até ocupar uma coluna de destaque (mesmo
sem chegar aos pés do finado Claudio Abramo), mas é tudo menos
qualificado. Não queira perder seu tempo em debater com um petralhete
pouco enrustido que ninguém mais leva a sério.

Enviado por Troço em 13/04/06 10:37

A tática petista de igualar a todos na lama moral é a parte mais bem
definida das artimanhas para livrar Lula de problemas maiores. Começou
na propina de Waldomiro Diniz, seguiu na crise do mensalão e perdura
até o momento de modo articulado. Assumir e tentar generalizar o uso
do caixa 2, acusar falhas em nossa legislação eleitoral e aquela velha
conversa de herança maldita não bastam para o PT se safar.
É preciso mais. Daí essa nova tática. É uma criação de grupo. Não saiu
só da cabeça do Lula, evidentemente. É simples: ataca-se as famílias
de adversários (e não estou aqui discutindo a culpa de Alckmin neste
caso) e depois surge o próprio Lula como uma ser magnânimo para dar a
mão ao adversário.

Se isso der certo o PT estará não mais como parte de uma organização
criminosa Será uma vítima das imperfeições do sistema. Desse modo,
além de ser "anistiado", o partido pode até levar uma grana como
indenização.

Enviado por José Pires em 13/04/06 11:30

A tática é bem elaborada segue passos muito bem definidos. Um na
frente do outro, bem colocados, cada um em seu lugar em uma cronologia
exata.

Primeiro atacaram a família de Alckmin. Agora o passo seguinte: hoje
Lula disse que "deseja ver o partido longe do que chama de baixaria
eleitoral". Está no blog do Josias de Souza e vai ser o assunto daqui
em diante. Família, para Lula, "não é assunto de campanha".

Parece chantagem e é exatamente isso: não fale dos meus que pouparei
os seus. Desse modo os negócios de Lulinha – o menino-prodígio da
família Lula – com a Telemar ficam de fora do debate político.
Esquece-se os negócios estranhos, que já renderam ao filho do
presidente R$ 10 milhões. E já para debaixo do tapete as dívidas da
filha Lurian, pagas pelo Okamotto. Aliás, deixa-se para lá todos os
problemas familiares de Lula, que não são poucos. Tem as jóias da
patroa. E até compadre no meio.

Enviado por José Pires em 13/04/06 11:32

A cronologia segue perfeita. Primeiro bateram. Agora Lula surge,
magnânimo, ético e generoso – "poupem a família de Alckmin,
companheirada..." Já vejo a notícia nos jornais televisivos comovendo
os brasileiros menos esclarecidos. Esse Lula é bom, respeita a
família.

É mais um desserviço de Lula à cidadania. A idéia é ignorar um dos
maiores males brasileiros: o uso do bem público em favorecimento de
familiares. Mas Lula lá tem algum escrúpulo?

O PSDB faria bem se os seus líderes viessem a público exigir o
esclarecimento de tudo, com família ou sem família no meio. Mas sabem
o que é pior? É capaz dos tucanos aceitarem o acordo.

Enviado por José Pires em 13/04/06 11:35

José Pires,

o Reinaldo escreveu sobre isto. Está lá no site do Primeira Leitura. O
que ele propõe? Convoque-se o filho de um e o filho do outro. Ponto.

Enviado por Vinci em 13/04/06 12:30

Graeff, sugiro que você volte suas baterias para Elio Gaspari. Eita
Petralhóide chato!!!

Enviado por Picolé de Jurubeba em 13/04/06 16:47

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